Transformando Desafios em Oportunidades: Inovando na Gestão de SST em Clínicas de Saúde Ocupacional

No dinâmico universo das clínicas de saúde ocupacional, enfrentamos desafios únicos. Uma gestão eficaz ultrapassa a mera operacionalidade, tornando-se a espinha dorsal da integridade e eficiência dos serviços prestados. Líderes de equipes de Engenheiros e Técnicos de Segurança do Trabalho devem navegar por um mar de complexidades, desde a gestão de pessoal até a interação com diversos grupos, equilibrando pressões internas e externas e lidando com a escassez de recursos e a qualificação variável dos profissionais.

Contrastando a realidade dos profissionais de SST em clínicas de serviços com aqueles em organizações individuais, podemos destacar três situações cotidianas:

1. Relacionamento com os Trabalhadores e a Cultura Organizacional: Profissionais de uma única empresa desenvolvem laços mais fortes, facilitando a implementação de medidas de SST e promovendo uma cultura de segurança robusta. Em contrapartida, consultores de clínicas precisam de habilidades de comunicação e persuasão altamente eficazes para compensar o tempo limitado com os trabalhadores das empresas clientes.

2. Foco e Especialização: Especialistas de uma única empresa se aprofundam nas necessidades específicas dessa organização, enquanto os de uma clínica de consultoria precisam de uma abordagem mais flexível e generalista, adaptando-se a diferentes setores e tipos de riscos. A atualização constante sobre leis e normas se torna ainda mais crucial neste contexto.

3. Pressão e Expectativas: Funcionários de uma empresa enfrentam pressões para alinhar as práticas de SST aos objetivos organizacionais. Por outro lado, consultores de clínicas lidam com a expectativa de fornecer resultados eficazes a múltiplas empresas clientes, cada uma com seus requisitos específicos.

Sobre a deficiência observada em alguns profissionais técnicos, proponho uma reflexão: muitos aspiram a cargos superiores e reconhecem a educação como o caminho. Porém, a formação de base e a técnica pós-médio muitas vezes não são suficientes. Por isso, é essencial que os profissionais se dediquem ao estudo contínuo e ao autodesenvolvimento, com o suporte das empresas em sua preparação e evolução.

O que fazer e por onde começar

Provavelmente, sua clínica não encontrará profissionais prontos para todas as necessidades dos clientes. Contudo, é possível desenvolvê-los. Inicie com o apoio do RH e concentre-se no desenvolvimento desses profissionais, superando o receio de que eles possam sair após a qualificação. Lembro as palavras de Henry Ford: "Pior do que treinar um funcionário e vê-lo partir, é não treiná-lo e tê-lo perpetuamente conosco".

Segue algumas dicas práticas:

1. Autoavaliação: Responda a questões fundamentais sobre a organização do setor de SST na sua clínica, bem como sobre as competências individuais e as competências da equipe.

2. Construção de Equipes Complementares: Contrate profissionais com habilidades diversas e complementares, definindo claramente os perfis profissionais desejados.

3. Promoção do Intercâmbio de Conhecimento: Estabeleça momentos regulares para troca de experiências e estudos dirigidos, com seriedade e comprometimento.

4. Atualização Contínua: Mantenha a equipe informada sobre as últimas tendências e normativas de segurança do trabalho. Assinar revistas especializadas em SST e garantir que sejam estudadas por todos, pode ser um bom começo.

5. Investimento: Considere diferentes formas de investir na equipe e nas capacidades da clínica.

Gerir uma equipe de segurança do trabalho é um desafio gratificante. A transformação positiva de uma clínica, fruto do trabalho colaborativo e do conhecimento compartilhado, é imensamente recompensadora.

Para aqueles que buscam orientação especializada na gestão de equipes de segurança do trabalho, ofereço minha experiência e compromisso com a excelência operacional. Juntos, podemos garantir que o bem-estar dos trabalhadores e a conformidade regulatória caminhem lado a lado com o sucesso da sua clínica.

Jorge de Castro

Consultor de Processos Empresariais dedicado a Clínicas de SSO